Com filme “A história das coisas” passamos a compreender que no simples ato de comprar algum produto, mesmo o mais barato e simples, estamos fazendo parte de um grande e complexo sistema de mercado que envolve a extração, produção, distribuição, consumo e tratamento de lixo.
Os problemas decorrentes desse sistema de produção linear afeta fortemente o nosso planeta, devido o uso exacerbado dos recursos naturais e a exploração da mão de obra pelas grandes corporações que são bem mais fortes do que qualquer governo.
Outra questão que se pode fazer é: como as pessoas estão inseridas nesse sistema? Podemos dizer que tudo começa com outra questão que envolve o quão é democrático o governo em que essas mesmas pessoas estão fazendo parte. Pois o importante é manter o auto nível de consumo para sustentar de forma vitalícia um poder que sustente esse sistema. E tudo isso pode ser corroborado pelo consumismo.
Pensar no consumismo como força motriz é compreender que o objetivo final desse sistema recai sobre o ato de comprar. A extração, produção e distribuição só é importante se existir pessoas que consomem diversos produtos, muitas vezes desnecessários, da moda e supérfluos. Assim aumenta a demanda por recursos naturais, as florestas vão diminuindo, a água é cada vez mais usada e no final tudo é transformado em lixo em menos de um ano.
E qual a alternativa para isso? O quanto nos preocupamos com o lixo? Produzimos muito lixo como resultado do nosso consumo, alimentamos diariamente este ciclo. Dificilmente nos damos conta do restante desse processo.
Em todas as fases do sistema de produção existem alternativas baseadas na sustentabilidade. Sempre existe um novo caminho a essa “coisa” que é o modo de vida contemporâneo e capitalista. O homem tenta garantir sua existência nesses ambientes econômicos, criando um sistema integrado e complexo e finito. Parar para pensar no que fazemos interfere no mundos conduzidos passivamente pelas corporações empresariais e pela mídia, onde a ganancia garante um consumismo desenfreado, desumanizando o homem e destruindo a natureza. Enfim, assumir a tarefa que todos tenhamos outra postura diante do mundo, fazendo entender que o consumo não comprometa as gerações futuras.