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Apontamentos do texto 1 - Mensurando a Sustentabilidade

Apontamentos do texto 1 - Mensurando a Sustentabilidade

por Naiara Lobato Da Silva -
Número de respostas: 1

CARVALHO, P. G. M.; BARCELLOS, Frederico Cavadas. Mensurando a Sustentabilidade. In: Peter May. (Org.). Economia do Meio ambiente - Teoria e Prática. 2ed. Rio de Janeiro: Editora Campus-Elsevier, 2010, v. 1.

 

Carvalho e Barcelos (2010) trazem no referido artigo a discussão sobre sustentabilidade e como que os indicadores podem contribuir nesse debate. De início destacam-se algumas das principais definições acerca do que é sustentabilidade e exemplificando como tais conceitos ainda não são bem definidos por serem imensuráveis, e por isso a variedade dessas definições serem gerais e simplificadoras.

Na sequencia do que é sustentável é possível ampliar o entendimento do que seria desenvolvimento sustentável, também partindo de conceitos clássicos como o do Relatório Brundtland, que descreve, “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”. A compreensão desse fenômeno pode ser pautada sobre três pilares: econômica, social e ambiental, sendo que para alguns autores, pode haver um quarto pilar de caráter institucional.  

No tópico três as noções de estatísticas surgem a fim de dar embasamento na compreensão sobre indicadores, afirmando a importância dos dados bases e o tratamento dessas informações para assim, se tornarem estatísticas, e por seguinte um possível indicador. Os indicadores também são passíveis de virarem índices. Esses dois elementos a principio que parecem sinônimos se diferem pelo fato de que um índice sempre será um indicador, mas um indicador nunca será um índice por si só, pois o índice é composto, constituído através de uma média de indicadores, também denominado como indicador sintético, ele é mais complexo de se obter.

Para a construção de indicadores os autores fazem suas ressalvas para atenção na metodologia de criação, na tabela 2 os princípios de Bellagio apontam elementos para atingir maior confiabilidade como: existência de um guia de visão e normas para avaliar o progresso rumo à sustentabilidade, perspectiva holística, presença de elementos essenciais de avaliação do progresso rumo à sustentabilidade, foco prático, transparência, ampla participação, avaliação constante entre outros.

Do que se refere aos índices à literatura indica pros e contras, pois se a realidade é complexa, envolvendo múltiplas variáveis e dimensões, é necessário algum tipo de “sintetização” ou simplificação para tornar o problema inteligível para a população. No entanto Simon (2003) defende que indicadores isolados e/ou parciais dão uma visão muito fragmentada da realidade, ao menosprezarem as ligações entre as diferentes dimensões da sustentabilidade. Esse tipo de crítica persiste inclusive em torno de um dos índices mais populares no mundo, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Carvalho e Barcelos afirmam discordar dos que não são favoráveis dessa técnica, pois consideram que são informações que mostram um bom ponto de partida para soluções. “É importante ser pragmático, é melhor um índice imperfeito (e que conheçamos as limitações) que seja útil do que um índice perfeito que não existe”.  Ao final destacam alguns dos índices mais conhecidos acerca da sustentabilidade, como o Pegada Ecológica (PE), o Índice de Sustentabilidade Ambiental (Environmental Sustainability Index – ESI), e o Índice de Progresso Genuíno (IPG).



Em resposta à Naiara Lobato Da Silva

Re: Apontamentos do texto 1 - Mensurando a Sustentabilidade

por Paulo Cezar Arce Da Rocha -

Com relação ao último parágrafo, que trata do pragmatismo com relação aos índices, realmente é melhor possuir um índice, ainda que imperfeito, do que não possuir um parâmetro.