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Reflexão sobre o documentário "A história das coisas"

Reflexão sobre o documentário "A história das coisas"

por Hermes Luis Barros Santos -
Número de respostas: 2

O vídeo “A história das coisas” de Annie Leonard, proporciona uma visão autocrítica ao estilo de vida contemporâneo influenciado pelas demandas artificiais do capitalismo através da massiva atuação da mídia e das tendências do mercado, abordando os impactos da cultura de consumo nas esferas sociais, ambientais e econômicas. Através desse vídeo é possível identificar dois agentes de grande influência e relevância para a construção da sociedade de consumo como conhecemos hoje, são eles os fenômenos da obsolescência programada e a obsolescência perceptivas, ambos são as forças motrizes que induzem o indivíduo a adquirir novos produtos, seja pelo fato de que os anteriores se tornaram ultrapassados devido aos rápidos avanços tecnológicos, ou devido a aquisição de um novo produto, embora o anterior ainda seja funcional, de modo a possuir um modelo novo e adequado às expectativas da sociedade de consumo.

Uma vez que as relações de consumo necessitam da sociedade como engrenagem principal para a geração de riquezas, torna-se necessário o desenvolvimento de um ambiente cultural, ideológico e político capaz de sustentar esse complexo sistema, dessa forma, Annie Leonard enfatiza em seu documentário a influência das corporações privadas para a manutenção e expansão desse sistema, onde o principal objetivo é o lucro. O ciclo do consumo por sua vez tende a maximizar os lucros através da priorização de indicadores de produção para redução de custos em prol da competitividade em detrimento dos indicadores de impacto social e ambiental, negligenciando os recursos naturais finitos e os impactos iminentes a sociedade. Nesse contexto, acredito que o rompimento desse ciclo vicioso pode ser obtido através da educação como fonte de transformação social e cultural frente ao consumismo do século XXI, onde a sociedade atue coletivamente em prol da mudança dos padrões de produção.


Em resposta à Hermes Luis Barros Santos

Re: Reflexão sobre o documentário "A história das coisas"

por Alessandra De Jesus Lopes -
Caro colega,

Realmente, como você bem descreve na sua conclusão da reflexão acima, acredito que o rompimento desse ciclo vicioso pode ser obtido sim, através da educação como fonte de transformação social e cultural frente ao consumismo do século XXI, onde a sociedade, como um todo, atue coletivamente em prol da mudança dos padrões de produção e que isso seja multiplicado e difundido significantemente para que possamos salvar o planeta em que vivemos, deixando-o melhor para as próximas gerações.
Em resposta à Hermes Luis Barros Santos

Re: Reflexão sobre o documentário "A história das coisas"

por Magno do Nascimento Pimenta -
Boa tarde Hermes! Contribuindo para o debate, quando você infere que "torna-se necessário o desenvolvimento de um ambiente cultural, ideológico e político capaz de sustentar esse complexo sistema - RELAÇÕES DE CONSUMO". Surge uma pergunta: Até quando isso se manterá? É possível mensurar através dos indicadores um período em que o rompimento do ciclo estará ocorrendo? Temos ideias interessantes que foram desenvolvidas e encontram-se aplicadas, mas pouco disseminadas. Por exemplo, as sacolas plásticas biodegradáveis de supermercado. Em tempos de pandemia, os números mostraram que houve um aumento da quantidade de lixo. Eis aí uma oportunidade de disseminar ou "quebrar" essa relação. Ainda há tempo.